Bem vindo (a) ao meu Blog "Com TPM".

 

Vou começar me apresentando.

  

Meu nome é Renata, e resolvi criar este Blog como uma espécie de 'diário', onde pretendo, sempre que possível, relatar minhas opiniões, compartilhar alegrias, tristezas, decepções, sonhos... enfim, tudo o que a vida nos proporciona.

Não sou celebridade, nem pretendo ser. Sou apenas uma pessoa simples com vontades e desejos como outra qualquer.

Muito prazer, meu nome é Renata!

3 PALAVRINHAS:

A abominável e terrível TPM pode ser resumida em frases com apenas 3 palavras:

-Todos os Problemas Misturados

-Tendência a Pontapés e Murros

-Temporada Proibida para Machos

-Toda Paixão Morre

-Tocou, Perguntou, Morreu

-Tire a Porra da Mão

-Tente no Próximo Mês

-Tempo Para Meditação

-Totalmente Pirada e Maluca

-Tendência Para Matar

-Tenha Paciência Meu

-Tô Puta Mesmo

 

AS 4 FASES DA TPM:

Qualquer semelhança não é coincidência!

Segundo a visão masculina, dividiu-se a TPM em 4 fases principais:

 

Fase 1 – A Fase Meiguinha

Tudo começa quando a mulher começa a ficar dengosa, grudentinha.

Bom sinal? Talvez, se não fosse mais do que o normal.

Ela te abraça do nada, fala com aquela vozinha de criança e com todas as palavras no diminutivo.

A fase começa chegar ao fim quando ela diz que está com uma vontade absurda de comer chocolate.

O que se segue, é uma mudança sutil desse comportamento, aparentemente inofensivo, para um temperamento um pouco mais depressivo.


Fase 2 – A Fase Sensível

Ela passa a se emocionar com qualquer coisa, desde uma pequena rachadura em forma de gatinho no azulejo em frente à privada, até uma reprise de um documentário sobre a vida e a morte trágica de Lady Di.

Esse estágio atinge um nível crítico com uma pergunta que assombra todos os homens, desde os inexperientes até os mais escolados como o meu pai.

– Você acha que eu estou gorda?

Notem que não é uma simples pergunta retórica.

Reparem na entonação, na escolha das palavras.

O uso simples do verbo "estou" ao invés da combinação "estou ficando", torna o efeito da pergunta muito mais explosiva do que possamos imaginar.

E essa pergunta, meus amigos, é só o começo da pior fase da TPM.

Essa pergunta é a linha divisória entre essa fase sensível da mulher para uma fase mais irascível.

 

Fase 3 – A Fase Explosiva

Meus amigos, essa é a fase mais perigosa da TPM.

Há relatos de mulheres que cometeram verdadeiros genocídios nessa fase.

Desconfio até que várias limpezas étnicas tenham sido comandadas por mulheres na TPM.

Exagero à parte, realmente essa é a pior fase do ciclo tepeêmico.

Você chega na casa dela, ela está de pijama, pantufas e descabelada.

A cara não é das melhores quando ela te dá um beijo bem rápido, seco e sem língua.

Depois de alguns minutos de silêncio total da parte dela, você percebe que ela está assistindo aquele canal japonês que nem ela nem você sabem o nome.

Parece ser uma novela ambientada na era feudal.

Sem legendas...

Então, meio sem graça, sem saber se fez alguma coisa errada, você faz aquela famosa pergunta: "Tá tudo bem?"

A resposta é um simples e seca: "Tá", sem olhar na sua cara.

Não satisfeito, você emenda um "Tem certeza?", que é respondido mais friamente com um rosnado baixo e cavernoso "teenhoo.".

Aí, como somos legais e percebemos que ela não tá muito a fim de papo, deixamos quieto e passamos a tentar acompanhar o que Tanaka

está tramando para tentar tirar Kazuke de Joshiro, o galã da novela que...

– Porra, viu!? – ela rosna de repente.

– Que foi?

A Fase Explosiva acaba de atingir o seu ápice com essa pergunta.

Sem querer, acabamos de puxar o gatilho.

O que se segue são esporros do tipo:

– Você não liga pra mim! Tá vendo que eu to aqui quase chorando e você nem pergunta o que eu tenho! Mas claro! Você só sabe falar de você mesmo! Ah, o seu dia foi uma merda? O meu também! E nem por isso eu fico aqui me lamuriando com você! E para de me olhar com essa cara! Essa que você faz, e você sabe que me irrita! Você não sabe! Aquele vestido que você me deu ficou apertado! Aaaai, eu fico looooouca quando essas coisas me acontecem! Você também, não quis ir comigo no shopping trocar essa porcaria! O pior de tudo é que hoje, quando estava indo para o trabalho, um motoqueiro mexeu comigo e você não fez nada! Pra que serve esse seu Jiu-jitsu? Ah, você não estava comigo? Por que não estava comigo na hora? Tava com alguma vagabunda? Aquela sua colega de trabalho, só pode ser ela. E nem pra me trazer um chocolate! Cala sua boca! Sua voz me irrita! Aliás, vai embora antes que eu faça alguma besteira. Some da minha frente!

Desnorteado, você pede o pinico e sai.

Tenta dar um beijinho de boa noite e quase leva uma mordida.


Fase 4 – A Fase da Cólica

No dia seguinte o telefone toca.

É ela, com uma voz chorosa, dizendo que está com uma cólica absurda, de não conseguir nem andar.

Você vai à casa dela e ela te recebe dócil, super amável.

Faz uma cara de coitada, como se nada tivesse acontecido na noite anterior, e te pede pra ir à farmácia comprar um Atroveran, Ponstan ou Buscopan pra acabar com a dor dela.

Você sai pra comprar o remédio meio aliviado, meio desconfiado.

"O que aconteceu?", você se pergunta.

"Tudo bem". Você pensa. "Acho que ela se livrou do encosto".

Pronto! A paz reina novamente.

A cólica dobra (literalmente) a fera e vocês voltam a ser um casal feliz.

Pelo menos até daqui a 20 dias...

Um pouco de mim:

Quarta-feira, 07 de Dezembro de 2011

Boa noite, hoje eu venho aqui pra falar de amor, mas principalmente de um amor que não tem descrição, o amor de mãe e filho(a).

Eu não sou mãe, nem sei se serei, aos 36 anos de idade, acho que não tenho mais esperanças de ser mãe e já estou consciente disso, mas posso falar do meu amor como filha e do amor que recebi da minha mãe.

Engraçado que a gente só se dá conta desse amor quando já estamos maiores, mas ele sempre existiu, sempre esteve ali. É algo que nasce com a gente, fazendo parte de nós, algo natural. E só nos damos conta de que esse sentimento é o amor, quando começamos a entender melhor as coisas, ter consciência da vida. Não sei ao certo em que idade eu soube que o que eu sentia pela minha mãe era amor, mas sei que sempre que eu me machucava, ou sentia medo ao dormir, era nela em que eu pensava e chamava, pois sabia que existia uma ligação muito grande e algo que fazia com que ela, minha mãe, viesse imediatamente ao meu encontro para me proteger, cuidar de mim.

Eu nunca me sentia sozinha, pois algo me ligava a ela e parecia até que ela era uma continuação minha.

O tempo foi passando, eu fui crescendo e comecei a entender mais sobre esse amor na primeira vez quem durmi fora de casa sem ela. A noite parecia não passar, e a saudade que eu sentia era tão grande e tão desesperadora! Me lembro de uma vez em que eu precisei ser internada no hospital, eu tinha 7 anos de idade. A enfermeira começou a me levar por um corredor para me deixar na enfermaria e quando eu soube que minha mãe não estaria comigo, era como se eu fosse morrer. Era uma tristeza muito grande, um sentimento de separação muito grande que despedaçou meu pequeno coração de 7 anos e hoje, fico pensando aqui comigo, se eu me senti assim, imagino agora como ela deve ter se sentido, sem poder estar comigo, me acalmar, me tranquilizar e me fazer entender que era momentâneo e pro meu bem. Meu estado de saúde se agravou muito na época e os médicos acharam que eu deveria ir para um quarto particular, onde minha mãe poderia ficar ao meu lado em tempo integral. Conclusão, eu melhorei! E tenho certeza que foi o amor dela que me ajudou, lógico que tiveram outras pessoas também, mas nada, nada nesse mundo se compara a esse amor, tão puro, tão sincero e tão sem interesses.

Ela se foi, muito antes do que eu queria, quis o destino assim. E hoje, sinto muito a falta desse amor. Desse amor que me completava, que me dava forças para acordar cedo, ir para escola, brincar com os amigos, e ser quem eu sou hoje. Sem esse amor, eu não seria nada. Hoje fico um pouco perdida, carente e sem objetivo.

Mas sabe, acho que cada atitude minha´de amor ao próximo, cada sorriso que dou, cada fase difícil que atravesso, levo comigo a certeza de que fui muito amada e tento transmitir um pouco disso a todos que me são próximos.

Com certeza levo dentro mim ainda esse amor, mesmo que ela não esteja mais aqui pra me abraçar, me beijar, me fazer carinho, ou até uma simples conversa, posso dizer que eu sou a expressão mais pura do amor que ela me deu desde o dia em que nasci.

E agora que vai chegando o Natal, parece que sentimento fica mais frágil, mais estranho. E por mais que eu tenha pessoas boas ao meu lado e que me amam também, nada se compara.

Consegui entender bem isso quando ela esteve muito doente e precisou muito de mim. Eu podia ver o nosso amor e percebi que eu podia morrer por ela. Acho que essa é a melhor forma de descrever esse sentimento, quando você se dispõe a se sacrificar, sacrificar sua própria vida para ver quem você ama bem.

Mãe, até a palavra já inspira carinho, você sente abraçado, confortável. É como se, nada der certo, corro pros braços da minha mãe, depois tudo se resolve sabe. É um porto seguro, uma referência pra você e de quem você é. Uma palavra com 3 letras, mas tão grandiosa que só é menor do que Deus!

Um beijo a todos e boa noite.

 

 

 

Terça-feira, 06/12/2011:

 

Atualizando meu status sobre a dieta que comecei no início do ano, eis aqui a receita:

01/09/2011 - Renata diz:

Resolvi voltar a escrever, pois quero postar minhas experiências, dividir pensamentos, opiniões, alegrias, tristezas. Quero ler depois em um futuro bem distante e rir de tudo o que levo a sério hoje. Não sou um exemplo de ser humano nem pretendo ser.

Exatamente hoje, passei por vários estágios emocionais durante o dia, pois estou bem no período de TPM, o que significa que é a melhor hora para escrever.

Costumo dizer que nesse período até o som do motor do meu carro fica diferente. Acho até que eu poderia escrever um llivro sobre minhas transformações na TPM, o título seria " Atravessando a TPM" nossa de cada mês ou "TPM - Transtorno de Personalidade Momentaneo", "Sofro de TPM sim, e daí, vai encarar?", "A TPM e eu".

Sofro de TPM desde os meus 10 anos de idade, hoje estou com 36 anos, são 26 anos de tortura hormonal!!!

Bom, por hoje é só, estou irritada por causa da TPM, não quero mais escrever.


Beijo

domingo, 19 de junho de 2011

Boa noite meu povo!

Tanto tempo já sem escrever... pois não estou mais depressiva, pois é. Sou como um compositor ou poeta, preciso estar sofrendo para escrever, brincadeira.

Estou bem, não estou sofrendo. Pelo contrário, meu domingo foi bem gostoso, meu pai veio almoçar comigo em casa hoje. Depois saímos pra comprar meu colchão novo e passamos de carro na rua onde eu nasci, na casa verde. A casa onde morei nem existe mais... e escola que estudei continua lá. Engraçado, como somos sentimentais não, sempre sonho com aquela casa, com aquela rua... e passar lá hoje com meu pai foi uma coisa bem bacana.

Atualizando vocês sobre minha dieta, estou forte mas não tão firme. Continuo emagrecendo, mas não estou me privando de comer o que gosto. Mudei de academia, fiz algumas amizades lá e adquiri alguns fãs, muito bom. Mas por conta do trabalho, não apareço por lá há 2 semanas, mas amanhã volto com força total!

Tive algumas aventuras e desgostos amorosos, mas não me arrependo, sigo em frente e feliz comigo.

No mais, sigo confiante, cheia de vida, amor e alegria de viver, coisas que não sentia há muito tempo! Luto contra minha TPM e depressão quase que diariamente, e não desisto nunca.

Não procuro mais nenhum grande amor, pois não acredito mais nisso. Se eu 'esbarrar' em alguém e esse alguém quiser seguir ao meu lado, será muito bem vindo, desde que deseje ser meu companheiro de vida, do contrário, seguirei em minha ótima companhia!!!

Desejo à vocês um finalzinho de domingo muito gostoso e que tenham uma ótima semana.

Até a próxima.

 

quinta-feira, 17 de março de 2011

Vamo que vamo...

 

Olá, boa noite à todos.
Estou passando rapidamente hoje, pois já tarde e estou hipermegaultra cansada. Mas queria compartilhar com vocês o resultado da minha dieta!!! Fui ao médico na sexta-feira passada e comecei a dieta 'pra valer' na segunda-feira (como manda a regra...kkk). Mas já na sexta e fim de semana fui treinamendo já pra começar minha mudança de hábito alimentar (nome bonito!).
Olha, não vou esconder, não é fácil!!! Tive um deslize ontem.... (não vou contar o que fiz...kkk), mas compensei tudo e estou seguindo em frente e animada, pois agora tenho um acompanhamento de médico pra me incentivar e ele me disse que no começo é demorado o processo de perda de peso mesmo, mas depois o corpo vai se acostumando e acelerando o metabolismo. Nâo estou tomando nenhum medicamento inibidor de apetite (é na raça mesmo),, somente meu anti-depressivo que ele aumentou a dosagem para diminuir minha ansiedade (problema sério) e um remedinho pra espirrar de baixo da lingua que é natural e tira a vontade de comer doces, e tá dando resultado!!!
Não me pesei ainda, só vou me pesar quando eu voltar ao médico, senão minha ansiedade irá aumentar.
Vamo que vamo...rs

Outra hora volta pra contar mais da SAGA EM BUSCA DO CORPO PERFEITO!...rs

 

 

sábado, 12 de março de 2011

 Sábado a noite

 

 
Olá, boa noite. Olha eu aqui de novo!

Desta vez não é pra escrever nada tão trágico, nem comentar nenhum assunto sério ou polêmico.
Hoje estou 'light'.... (literalmente)rs
Ontem fui em um médico e nutrólogo e comecei minha dieta!!! Coloquei várias esclamações pois é algo surpeendente mesmo...rs
Há mais ou menos 10 anos venho lutando contra a balança sabe. Eu nunca fui magérrima, mas sempre tive meu peso dentro do padrão de 'gostusura'... para meus 1,62 de altura pesar de 60 a 63 kilos era excelente. Mas, como meu médico disse, eu tinha uma vida de atleta e quando parei com as atividades, meu corpo NÃO ENTENDEU e eu continuei comendo como antes de parar. Outros fatores também contribuiram: O fim do meu casamento, morar sozinha (podia comer um pizza sozinha sem ninguém me recriminar!)
Hoje sofro as consequências de todo esse meu abandono por mim mesma. Me isolo, não saio mais de casa a não ser para trabalhar. Não tenho namorado, me afastei de 2 de minhas melhores amigas também.
Outro dia, vendo umas fotos minhas de uns 15 anos atrás (tenho 35 anos), eu estava magra, mas me lembro perfeitamente que na época eu me achava muito gorda! E, agora que estou realmente gorda, me olho no espelho e tento me enganar dizendo a mim mesma que até que não estou tão gorda... Como podemos ter uma idéia tão distorcida de nós mesmo heim?!
O fato é que agora é pra valer. Estou mesmo disposta a mandar esses quilos que adquiri ao longo desses últimos 10 anos para PQP, mas não apenas pela estética, mas também porque tenho me sentido péssima. Isso está afetando minha auto estima, saúde física, mental e outras 'cositas' mais. Vivo com dor na coluna, não tenho mais disposição, vivo caindo, pois equilibrar 30 quilos a mais é uma tarefa que exige um preparo físico que não tenho... Outro dia levei um tombo fenomenal na rua, até hoje tenho as marcas em meu joelho desse tombo (no ego também).
E olha como as coisas nunca acontecem por acaso, ontem no programa Globo Repórter o assunto foi a obesidade, falavam sobre como a população brasileira aumentou o peso. Deram dicas, mostraram depoimentos, foi muito bom. São pequenas mudanças que devemos fazer no dia a dia e que no final fazem a diferença. Teve um homem que emagreceu mais de 20 quilos e ele hoje como salada com prazer, as pessoas o vêm comendo salada apenas e ficam com pena dele. E ele disse que isso é um prazer pra ele, não um sacrifício, pois ele incorporou isso na vida dele. Achei ótimo!
Comi no almoço e na janta de hoje uma vasilha enorme de salada de acelga com cenoura e tomate, amei!!! Não foi sadrifício nenhum, mas pra mim o mais difícil será fazer os tal 250 minutos de exercícios por semana. Hoje comecei com a faxina da casa que já é um baita exercício, mas quero ver eu conseguir ficar 1 hora fazendo ginástica... não gosto de nada monótono e que seja repetitivo. Andar não rua não dá pra mim ainda, pois tenho medo (depois conto sobre o tiro que levei), pensei em me matricular em uma academia, mas com o trabalho que tenho, muitas vezes chego em casa 22:00 da noite e sem pique... A solução é usar o aparelho de simulação de caminhada que comprei. Mas como ficar 1 hora nele todos os dias sem desistir? Não aguento nem 10 minutos....
Se alguém tiver uma idéia criativa pra me dar, eu agradeço muito. Pensei em colocar música agitada e fazer o exercício no ritmo da música, vendo TV... mas isso todo mundo faz e na segunda semana já estarei entediada. Pensei em levar o aparelho pro quintal e fazer exercício lá... vou tentar.
Só sei que não é fácil, todos temos que lutar contra algo nessa vida, uns contra o álcool, ou drogas... e eu e milhares de pessoas contra a balança.
Ah, e tem mais, depois de um mês de tratamento meu médico irá me avaliar novamente e se eu tiver emagrecido ele vai me dar remédio para parar de fumar, putz, vou enlouquecer!!!!! Sem comida, sem cigarro, sem namorado... o próximo passo será entrar para um convento eu acho.
Bom, vou ficar por aqui agora, pois preciso levar minha cachorrinha pra passear e quero acordar cedo amanhã pra tentar caminhar, nem que seja só na minha rua, preciso tentar né. Depois irei ao mercado comprar os ingredientes para o almoço, convidei minha tia pra almoçar comigo, nem sei o que farei ainda, mas sei que na hora farei algo bom, depois conto mais.

 

Essa foto é 2004 no aniversário da minha afilhada Bianca. Eu pesava 64 quilos.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Minha mãe, minha vida!

 
Minha mãe se chamava Joana D´arc Rodrigues Marcondes. Viveu até seus 51 anos e faleceu em 23/02/2006 de câncer de pulmão. Um dia conto mais sobre minha relação com minha mãe, mas hoje, em especial, preciso escrever sobre o dia de sua morte. Hoje cedo eu estava assisitndo TV, nem me lembro que programa era, mas me lembrei do dia de sua morte, do sentimento que tive, das últimas imagens com ela e senti uma dor profunda. A dor era tanta que eu não conseguia mais me concentrar na TV e em mais nada. Devagar fui tirando aos poucos esse sentimento do meu coração mas ele ainda está aqui e sinto que se eu escrever, talvez eu consiga transportá-lo para fora de mim.

Na madrugada do dia 22 para o dia 23/02 ela se levantou, arrancou a roupa e foi em direção ao banheiro. Minha vó (materna) e eu dormíamos com ela no mesmo quarto, pois o seu estado de saúde estava cada vez pior e temíamos que ela desencarnasse no meio da noite.
Eu, por intuição, instinto ou sei lá o quê levantei como pipoca salta da panela.... e fui em direção a ela. Ela usava um aparelho de oxigênio em seu quarto, era como um robozinho, que tínhamos que arrastar onde ela fôsse. Ela estava nua e arrastando o aparelho para o banheiro. Não sei de onde ela encontrou forças para isso.
Tentei evitar, mas ela queria tomar banho, dizia que precisava reagir. Eu me comovi e fui com ela para o banho. Me lembro do cheiro do sabonete e do condicionador que passei nela como se fosse hoje. Sentamos na cama, eu a vesti e ela estava estranha, aparentava estar realmente reagindo, feliz! Minha vó também acordou e ficou muito surpresa com a reação da minha mãe.
Deitamos novamente, mas não dormimos. Fiquei com ela conversando, rindo, contando histórias.
Por que estou contando isso? Bom, dizem que algumas pessoas para desencarnarem precisam de forças e algumas até reagem à sua enfermidade e acredito que foi isso o que aconteceu com ela naquela madrugada.

Chegado o dia 23/02, minha mãe piorou. Teve uma crise de hipotermia e dizia que estava sentindo a morte! Fiquei a-pa-vo-ra-da!!! Por mais doente que ela estivesse, eu nunca estaria preparada para perdê-la. Mas, naquele momento, eu era a pessoa quem decidiria onde e quando minha mãe iria morrer. (Explicarei isso em outro momento)

Tomei a iniciativa de chamar uma ambulância, pois eu temia que ela morresse em casa e eu não ter como socorrê-la. Ela no começo tambpem concordou, mas hoje sei que ela também estava com meda, pois sabia que não voltaria mais. Me lembro agora, quando ela estava entrando na ambulância, ela me disse que não voltaria mais. Eu, na correria e loucura dos sentimentos acabei fingindo que não ouvi ou ignorei de propóstio o que ela me disse.

Fomos para o hospital. Eu fui em meu carro seguindo a ambulância, dirigindo pelo trânsito de São Paulo com o coração na boca, a alma em pedaços e os olhos cheios de lágrimas. Chegando lá, meu pai já estava lá nos esperando. Ela foi atendida e medicada, mas inspirava cuidados.
Ficamos lá, meu pai e eu, nos revezando na emergência rezando e contendo todos nossos sentimentos diante dela, para que ela se sentisse mais segura e forte.

Eram 16:00 da tarde quando eu resolvi ir tomar um suco e perguntei se ela também queria, mesmo sabendo que ela não conseguia beber nada. Ela me pediu um suco de caju...
Tomei meu suco e antes que terminasse meu pai me ligou no celular pedindo para eu voltar para a emergência, pois ela estava dando trabalho. Voltei correndo e quando cheguei em sua cama, vi uma das piores cenas que eu podeira ver em toda a minha vida. Ela estava TODA ensanguentada, pois as enfermeiras tentavam de toda forma encontrar uma veia nela para ministrarem os medicamentos, porém, com a quimioterapia, as veias dela acabaram ficando finas demais. Naquele momento eu tive a certeza de que ela não sobreviveria mais um dia.
Ela estava transtornada, irreconhecível. Por causa do câncer de pulmão, ela não consegui respirar direito e por isso precisava ficar sempre sentada, nunca deitada e as enfermeira a tinham deixado deitada!!! Foi desisperador, pois eu brigava, gritava com as enfermeiras e ninguém me ouvia. Nisso, minha mãe chorava e me pedia para levá-la embora pra casa. Eu tentava acalmá-la dizendo que em casa seria pior, pois ali ela estava sendo medicada e monitorada. Será??? Hoje ainda tenho essa dúvida. Não tenho dúvida de que ela morreria mesmo naquele dia, mas às vezes acho que se ela tivesse morrido em casa talvez sua passagem não tivesse sido tão traumatizante, devido à incompetência e falta de respeito das enfermeiras daquele hospital (Vasco da Gama, Zona Leste).

Horas se seguiram desse desespero e chegou um momento em que os médicos não me deixavam mais ficar perto dela, devido à agitação dela. Resolveram sedá-la e deixá-la em uma UTI com o consentimento do meu pai e meu.
Bom, agora, as próximas horas foram realmente as mais difíceis. Eu estava sem coragem de visitá-la na UTI, pois sabia que a cena seria de despedida e morte. Mas fui... quando entrei, ela estava calma, deitada, com roupa trocada já, sem sangue, mas transpirava muito. Me lembro de ter pedido uma toalha e secado seu rosto e ela tentou me olhar, mas já não era mais ela alí.... (desculpe, preciso chorar) Quando eu olhava pra ela, um olho dela focalizava um lado e outro não... ela não conseguia mais saber quem eu era.... Meu pai fazia massagem em seus pés, ela adorava isso, pedia o tempo todo, pois tinha fortes dores nos ossos por causa do câncer e da químio. Foram poucos os minutos que fiquei alí, foi muito triste, pois pude chorar na frente dela porque sabia que não adiantava mais ter esperança. Só nos restava rezar para que sua passagem fosse a mais tranquila possível. Não me lembro bem em que horas foi isso, acho que devia ser umas 20:00. Ela nos deixou as 22:00 e eu não estava lá! Queria muito estar do lado dela no momento em que ela partiu para que ela não se sentisse sozinha e desprotegida, pois eu sei que durante todo o tempo em que ela esteve doente, eu fui o tempo inteira sua maior fortaleza. Sinto que a traí naquele momento, que a abandonei... muito triste isso. É uma mistura de culpa com impotência que senti e sinto até hoje no meu íntimo mais profundo.
5 anos se passaram, muitas coisas aconteceram depois disso na minha vida, mas esse dia ainda atormenta minha vida e meus sonhos.
 

 

 

Retrato de Mãe

Uma simples mulher existe que,
pela imensidão do seu amor,
tem um pouco de Deus,
e pela constância de sua dedicação
tem um pouco de anjo;
que, sendo moça, pensa como uma anciã
e, sendo velha,
age com todas as forças da juventude;
quando ignorante,
melhor que qualquer sábio
desvenda os segredos da natureza,
e, quando sábia,
assume a simplicidade das crianças.

Pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos
que ama e, rica, empobrecer-se para que seu
coração não sangre, ferido pelos ingratos.

Forte, entretanto, estremece ao choro duma
criancinha, e fraca, não se altera
com a bravura dos leões.

Viva, não sabemos lhe dar o valor
porque à sua sombra todas as dores se apagam.

Morta, tudo o que somos e tudo que temos
daríamos para vê-la de novo,
e receber um aperto de seus braços
e uma palavra de seus lábios.

Não exijam de mim que diga o nome dessa mulher,
se não quiserem que ensope de lágrimas este álbum:
porque eu a vi passar no meu caminho.

Quando crecerem seus filhos,
leiam para eles esta página.
Eles lhe cobrirão de beijos a fronte,
e dirão que um pobre viandante,
em troca de suntuosa hospedagem recebida,
aqui deixou para todos o retrato de sua própria MÃE.

 

Sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

 

Puxa, criei um blog para falar de TPM e na minha pior semana, no ápice da minha TPM não escrevi nada! Foi uma semana bem difícil pra mim, tive que me confrontar com vários sentimentos e decepções, mas faz parte da vida, ou da TPM... tudo depende do grau da sua!

 

Não sei se juntou a época do ano de festas e união familiar, com minha insatisfação pessoal, profissional e amorosa ou foi tudo isso e mais a TPM e quase virou uma bomba. Estive a segundos de mandar várias pessoas 'para aquele' lugar, meu emprego pro espaço e pensei em várias maneiras de sumir! Mas estou aqui de novo, escrevendo e tentando reorganizar meus pensamentos e sentimentos.

E com certeza, farei várias mudanças na minha vida, essa virada de ano está me dando mais esperança e vontade de reorganizar minha vida. Me cuidar mais, fazer o que gosto, ter mais tempo livre pra mim, estudar, passear, ficar perto de quem gosto. E, por isso, vou começar listando aqui algumas coisas que já tenho em mente para 2012:

 

1 - Parar de fumar

2 - Emagrecer

3 - Me exercitar mais

4 - Ter meu próprio negócio ou trabalhar por conta própria

5 - Concluir algum curso ou me rematricular na faculdade

6 - Me espiritualizar mais e não ligar pra opinião alheia

7 - Me amar e respeitar mais

8 - Não magoar ou ofender ninguém

9 - Sempre que possível transmitir amor, alegria, conforto, nunca o contrário

10 - Me reservar mais, não julgar em falar mal de ninguém

 

Não sei se conseguirei cumprir com tudo, mas acho que relacionar minhas intenções já é um bom caminho para o começo, mesmo que eu não consiga tudo em 2012, se eu cumprir metade já estará ótimo!

 

Beijo